A imaginação se acende pensando na conversa do estalajadeiro e sua família. Alguém mencionou a chegada do jovem casal na noite anterior? Alguém perguntou sobre a gravidez da menina do burro? O estalajadeiro e sua família estavam muito ocupados. O dia estava chegando. O pão do dia tinha que ser feito, as tarefas da manhã tinham que ser feitas. Havia muito a fazer para imaginar que o impossível havia ocorrido. Deus entrou no mundo como um bebê.
Enquanto isso, a cidade zumbia. Os comerciantes não sabiam que Deus havia visitado seu planeta. O estalajadeiro nunca acreditaria que acabara de enviar Deus para o frio. Aqueles que perderam a chegada de Sua Majestade não a perderam por causa de atos malignos ou malícia. Não, eles perderam porque simplesmente não estavam olhando. Não mudou muita coisa nos últimos dois mil anos, não é?
Na verdade, este livro foi escrito para aqueles que se desequilibram e caem. Temos boas intenções, mas fazemos o bem? Nem sempre. Fazemos avanços, mas também fracassamos, muitas vezes ao mesmo tempo. Não precisamos ser lembrados de nossas derrotas. Nós não as esquecemos. Contudo, seria bom que alguém nos recordasse da obstinada recusa de Deus em desistir de nós. E ninguém é mais adequado para essa tarefa do que Jacó, o patriarca imperfeito.
Mais pródigo que prodígio, Jacó se aproveitou de seu irmão faminto, engambelou seu pai moribundo e reagiu ao ardil de seu sogro com astúcia. Mesmo assim, Deus nunca o abandonou ― e, melhor ainda, ele fez de Jacó um participante de seus grandiosos planos.
Em Deus não desiste de você, o escritor e pastor Max Lucado analisa a história desse improvável patriarca, mostrando como a graça incansável de Deus alcançou Jacó em meio a fugas, trapaças e muitos tropeços. Sua história nos convida a acreditar em um Deus que não desiste dos indignos e que está disposto a nos levar com segurança para casa. Se Deus pode usar Jacó para expandir seu reino, ele pode usar a nós também.
